terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Educação e computação na nuvem: escolas podem ter bibliotecas com até 5 mil livros


Empresa cria bibliotecas virtuais na nuvem, com valores de assinatura competitivos e modelo de negócios voltado ao ensino nacional.
03 de Fevereiro de 2012 | 10:32h








Reprodução

Descrição: Nuvem de livros








Rafael Arbulu

No ano de 2010, o governo sancionou a lei nº 12.244, que, em sua essência, obriga todas as instituições de ensino, sem exceção, a disponibilizar bibliotecas até 2020. Trata-se de uma tentativa de facilitar o acesso de livros didáticos e obras literárias a alunos do ensino brasileiro. Mas, com a evolução da tecnologia e a disponibilidade de informações obtidas a poucos cliques, livros fisicos seriam mesmo necessários?

A Mix Tecnologia, uma empresa pernambucana de TI, acredita ter encontrado um meio termo para essa questão. É ela que gerencia nas regiões Norte e Nordeste, toda a parte de logística comercial do projeto "Nuvem de Livros" - uma criação do Grupo GOL (que não tem nada a ver com a empresa de aviação civil). Trata-se de um modelo de negócios que alia a hospedagem de arquivos na nuvem com a evolução tecnológica favorável à educação. "Todos os lados são remunerados: empresa, editora, autor dos livros - todos saem ganhando de forma justa", afirma Murilo Marinho, diretor da Mix Tecnologia.

A ideia de ambas as empresas é promover exatamente o que a lei nº 12.244 rege, mas de uma forma que não obrigue as instituições de ensino - por vezes, sem verbas suficientes para reformas físicas - a gastar dinheiro excessivo na construção de bibliotecas físicas. Por R$ 48,00 anuais por aluno, as empresas concedem acesso ao acervo que, hoje, está próximo da marca de 5 mil livros: "A lei não determina se as bibliotecas devem ser físicas ou virtuais. O nosso projeto é perfeito para isso justamente pelo fato de ser mais barato para a escola, além de remunerar autores através de um piso mínimo contratual que aumenta conforme sua obra se populariza. Levando em consideração que a maior parte das escolas já conta com acesso Wi-Fi ou laboratórios de informática, além do crescimento da internet móvel nas mãos de adolescentes, essa pode ser uma solução a longo prazo para os alunos", diz Marinho.

Toda a tramitação é feita pelo grupo Gol. Autores e editoras são procurados - ou procuram - a empresa para disponibilizar sua obra na nuvem. Assim, firma-se um contrato estipulando valor a ser pago para o autor - em caso de escritores independentes - ou à editora. A obra então é disponibilizada para visualização pelo PC. Todo o acervo é disponibilizado por R$ 4,00 ao mês por aluno", explica Marinho. O interessante é que, com a questão da portabilidade de recursos, essa nuvem também já conta com uma versão para tablets e smartphones Android (versão 3.x ou superior), enquanto uma versão para iOS está em fase de aprovação pela Apple.

Pirataria? 

Marinho diz que esse foi um ponto muito pensado na idealização da Nuvem de Livros. De acordo com o diretor, a forma de proteger os autores e editoras contra a disseminação indevida de suas obras é permitir a visualização do arquivo apenas pelo usuário: "Em nenhum momento há um download do arquivo para o HD do usuário. Também não há como selecionar trechos do texto e copiá-los em um editor, como WordPad e afins. Se é possível piratear? Sim, é, mas só se a pessoa tiver a paciência de imprimir páginas em HTML uma por uma ou copiar o texto 'na mão'".

Murilo espera que usar a nuvem para fins mais educativos se torne uma tendência global. E você, o que pensa do assunto? Acha que isso ajudaria, nem que fosse para aliviar o peso das mochilas escolares? Ou o método padrão que conhecemos ainda é o mais indicado? Conte-nos nos comentários!

Professores do ensino médio serão os primeiros a usar o tablet nas escolas públicas 02/02/2012 - 22h23


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Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O uso de tablet na rede pública de ensino vai começar pelos professores do ensino médio. A partir do segundo semestre, o Ministério da Educação (MEC) deve iniciar a distribuição dos equipamentos para 598.402 docentes.
Os primeiros da lista são os professores de escolas que já têm internet em alta velocidade (banda larga), que somam 58.700 unidades. A ideia é o computador portátil chegar a 62.230 escolas públicas urbanas.
Para o MEC, o programa tem mais chances de sucesso se o professor dominar o equipamento e o seu uso, antes de chegar ao aluno. “A inclusão digital tem que começar pelo professor. Se ele não avançar, dificilmente a pedagogia vai avançar”, disse o ministro Aloizio Mercadante. Cursos de capacitação presencial e à distância vão ser oferecidos ao professor, assim que o aparelho começar a ser distribuído.
Com o tablet, o professor poderá preparar as aulas, acessar a internet e consultar conteúdos disponíveis no equipamento - revistas pedagógicas, 60 livros de educadores, principais jornais do país e aulas de física, matemática, biologia e química da Khan Academy, organização não governamental que distribui aulas on-line usadas em todo o mundo.
As aulas preparadas no tablet, segundo o ministro, serão apresentadas por meio da lousa digital, espécie de retroprojetor combinado com computador, que muitas escolas já usam desde o ano passado. No decorrer de 2011, foram entregues 78 mil desses equipamentos.
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Para o ministro, a tecnologia do tablet, em que os comandos podem ser acionados por meio de toques na tela, é mais “amigável” para leitura e acesso à internet em comparação a outros computadores.

Com a novidade, Mercadante espera também tornar a sala de aula mais atrativa para os adolescentes. “O ensino médio é o grande nó da educação. Os indicadores não são bons e a evasão escolar é alta. A escola não está atrativa para o jovem. Esses equipamentos fazem parte do esforço para melhorar o ensino médio”, diz.
Para levar o tablet à sala de aula, o MEC irá desembolsar de R$ 150 milhões a R$ 180 milhões para comprar até 600 mil unidades este ano. Em dezembro passado, o ministério abriu licitação para a aquisição de 900 mil aparelhos de fabricação nacional, de 7 e 10 polegadas, com câmera, microfone e bateria de seis horas de duração.
O governo pagará quase R$ 300 pelo tablet de 7 polegadas e aproximadamente R$ 470, pelo de 10 polegadas. No mercado, conforme o ministério, o equipamento de 7 polegadas custa cerca de R$ 800.
 
Apesar do processo de compra ter sido iniciado no ano passado, Mercadante destaca o programa como uma de suas primeiras ações no comando do ministério. “Esse programa foi desenhado nesse período que estou aqui”, disse, explicando que a gestão do antecessor, Fernando Haddad, lançou o edital de compra para atender a pedidos de estados e municípios.
As empresas Digibras e a Positivo venceram a licitação. O contrato deve ser fechado somente em abril, após o Inmetro avaliar se os produtos atendem às exigências do edital.
Depois de distribuir para os professores do ensino médio, o ministro quer entregar os aparelhos para os docentes do ensino fundamental. Ainda não há previsão sobre quando os alunos receberão o equipamento.
Apesar da chegada do tablet nas escolas, Mercadante garante que isso não significa o fim do Programa Um Computador por Aluno (UCA), que distribui laptop aos estudantes.






Professores da rede pública receberão tablets ainda em 2012


MEC vai distribuir 600 mil dispositivos para docentes de ensino médio de 62 mil escolas, além de realizar cursos de capacitação.
03 de Fevereiro de 2012 | 14:05h






Descrição: Tablets Brasileiros

Professores da rede pública de ensino começarão a usar tablets durante as aulas a partir do segundo semestre deste ano. O Ministério da Educação (MEC) vai distribuir os equipamentos para cerca de 600 mil docentes do ensino médio, de acordo com a Agência Brasil.

Os dispositivos devem chegar a cerca de 62 mil escolas públicas urbanas. A ideia do MEC é que os professores aprendam a usar o equipamento antes dos alunos. Os docentes farão cursos de capacitação assim que a distribuição dos equipamentos for iniciada.

O tablet vai permitir que professores preparem aulas, acessem a internet e consultem conteúdo disponível no dispositivo, como livros, revistas, jornais e aulas preparadas pela ONG Khan Academy, que distribui conteúdo online usado no mundo inteiro.

De acordo com o ministro Aloízio Mercadante, as aulas preparadas no tablet serão apresentadas em uma lousa digital que já está presente em muitas escolas - o MEC afirma que 78 mil equipamentos foram distribuidos em 2011.

A inclusão de tablets é uma medida feita para tentar tornar as aulas mais atrativas para adolescentes e evitar a evasão escolar. "O ensino médio é o grande nó da educação. Os indicadores não são bons e a evasão escolar é alta. A escola não está atrativa para o jovem. Esses equipamentos fazem parte do esforço para melhorar o ensino médio", afirmou.

O MEC deve investir cerca de US$ 180 milhões para a compra dos 600 mil tablets. Em dezembro de 2011, o ministério abriu licitação para a aquisição de 900 mil dispositivos fabricados no Brasil com telas de 7 e 10 polegadas, câmera, microfone e bateria de seis horas de duração. Os tablets de 7 polegadas devem custar cerca de R$ 300 para o Governo Federal, enquanto os de 10 polegadas devem sair por R$ 470 a unidade.

O próximo passo é levar os tablets também para as escolas de ensino fundamental, mas o MEC ainda não tem uma previsão de quando fará isso.